sexta-feira, agosto 18, 2006

SECURA

Estamos na Capital Federal do BRASIL

Brasília, 18 de agosto de 2006.

Tenho que escrever todas as manhãs e tardes aos meus alunos, além de explicitar a matéria e meu nome. Sempre esqueço... É um suplício porque eles estão acostumados e pelo que eu me lembro, na 6ª série, era sempre bom escrever o cabeçalho da escola antes de alguma matéria do professor...Era um prazer sistemático. O RITUAL.

Acordo, muuuuuiiiito cedo.
Como é muuuuuuiiito longe a escola onde dou aulas, tenho que pegar meus doizinhos onibuzinhos.
Tudo bem.

Hoje é meu dia de folga, mas dormi até as nove. Acordei com uma gripe encubada. Só que, essa tal suposta gripe me causou desconfianças. (assumo, sou um pouco louca). O Paranoá é foco mater de Hantavirose.
Respirei pó de giz, poeira de rua, barro vermelho (matéria prima!) e tudo o que qualquer pessoa em um momento de milésimo de segundo arregalaria os olhos e pensaria bem baixinho: "Será?"
Mas, foi só um momento. Os sintomas não correspondem.

Todas as manhãs e tardes têm sido angustiantemente ensolaradas e nítidas. Céu de Brigadeiro. sem UMA nuvem. As árvores ainda estão verdes, mas acredito que com os dias contados. O azul nunca foi tão azul. Nós realmente temos o nosso cartão-postal. Trabalhar à tarde então, nem se fala... Acredito mais e mais na Antropologia Ambiental (AA). O sol, ácido. Nós, verdadeiros legumes com prazo de validade, que imersos em um pote hermético, tendemos a ficar com um sabor esquisito...

Estou esquisita.

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