segunda-feira, agosto 14, 2006

Crenças

Hoje acordei um tanto quanto deprimida.Fazendo força para levantar da cama e encarar o que viria pela frente. Parece até que estava adivinhando...
O ofício de professor, sempre acreditei, como sendo uma missão. Mas, mesmo exercendo tal função há algum tempo, jamais pensei sentir tanto na pele (e no osso!) quanto atualmente. Tenho ficado um pouco decepcionada, quase triste.
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Estou dando aulas para o Ensino Fundamental em uma grande e bem estruturada escola da cidade-satélite, no Paranoá. E, vindo de uma Universidade repleta de estágios, reflexos, projetos, pesquisas, acreditava estar preparada para o que pudesse acontecer nessa minha trajetória missionária: . Lêdo engano...
Não consigo me adaptar a certos vícios escolares de relações professor-aluno e por isso, sinto-me impotente. Explico: tenho que ministrar aulas para uma comunidade totalmente díspar da que ministrei aulas ao longo de minha experiência, trata-se de crianças e não jovens adultos. Seus comportamentos oscilam entre o mais terno ao mais agressivo e arisco. NADA é suficiente e o mundo é uma grande cama elástica que supostamente vai levá-los ao céu, mas sem objetivo nenhum, apenas por brincadeira. Eu estou com os pés no chão a sua espera...
NADA do que se ensina em um quadro-negro é interessante, a não ser que possua pitadas de sexo e violência. Os conselhos de classe de professores são repletos de reclamações e veredictos que beiram a cautela. Mas, a engrenagem é muito maior.
Quero meu prazer de volta. Alguém tem alguma dica?

P.S.: Eu sei que isso é o eterno estica-e-solta das relações interescolares...

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