quarta-feira, março 29, 2006

Além da...

("Fênêtre"- A. Assumpção)

Encostei meu ouvido na sua pele e ouvi o silêncio.
Tal como a brasa que delicadamente mordaz, em um simples toque faz tssssss...
Acalmou-me, trouxe-me paz.
Mirei sua alma através de seus olhos e percebi o encanto de montes e serras. Veludos próximos e distantes, perpétuos e fugazes. Linhas constantes percorridas com devaneios. Trotes e galopes em uma estrada com bela vista.
Água! Preciso de água!
Para suportar as intempéries da alma, necessito de um mar de fazeres, pensares e sentires... Logo chega, não demora.
Descansei em seu colo e o furta-cor das suas mãos pousou sobre mim com a leveza que sempre espero. O fim do tormento, da paz, desunidos. Satisfeitos.

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