quarta-feira, abril 26, 2006

Amoevejo


Amavisse

de Hilda Hilst

Como se te perdesse, assim te quero.

Como se não te visse (favas douradas

Sob um amarelo) assim te apreendo brusco

Inamovível, e te respiro inteiro

Um arco-íris de ar em águas profundas.

Como se tudo o mais me permitisses,

A mim me fotografo nuns portões de ferro

Ocres, altos, e eu mesma diluída e mínima

No dissoluto de toda despedida.

Como se te perdesse nos trens, nas estações

Ou contornando um círculo de águas

Removente ave, assim te somo a mim:

De redes e de anseios inundada.

(II)

* * *

Descansa.

O Homem já se fez

O escuro cego raivoso animal

Que pretendias.

(Via Vazia - VIII)

(Amavisse - São Paulo: Massao Ohno Editor, 1989.)


Presa, plena e FELIZ. Solta ao meu universo de limites que esbarram em VOCÊ. Assim sou EU.










EXTREMA


Para quem ama a literatura e poesia brasileiras contemporâneas, eis a diva: Hilda Hilst. Ela foi poeta, compositora musical (compôs com Adoniram Barbosa!), escritora de contos, prosas e textos teatrais. Simplesmente infernal, visceral, passional, avesso ao racional. Fabulosa.
Desculpem-me a empolgação, mas é que desde quando fui apresentada à ela, pelo meu professor de Literatura Brasileira Contemporânea da UnB percebi os novos sabores literários brasileiros não marcados , não estigmatizados . Coloco então, o link para o site oficial da mulher:

sexta-feira, abril 21, 2006

FELIZ ANIVERSÁRIO, NAGÓIA!!!!

Nasci em Brasília e desde que me entendo por gente, ouço falar e admiro as belezas perfeitas ou não das obras arquitetônicas de Oscar Niemayer como símbolos genuínos da cidade. TODOS os monumentos com amplos significados sociais, políticos, afetivos... Desde as largas avenidas de asfalto quente e grosso, o concreto armado (que todos sabem o quanto foi tema de música de certos roqueiros lendários...), até os prédios utopicamente organizados. Isso é Brasilia. Mas agora, que já sou uma mulher e que não sou tão inocente quanto aquela garotinha do jardim de infância que amava brincar embaixo do bloco, querem me fazer engolir um novo ícone representativo da cidade: a excelentíssima Ponte JK.
Reluto em aceitar.
Explico resumidamente para não acirrar os ânimos: Tal ponte foi criada na gestão governamental local de Joaquim Roriz. Creio que não preciso explicar tanto... foi criado um "concurso" (imagine...) para definir qual seria o novo ícone brasiliense. em outras palavras, "Qual será a obra faraônica que irá nos render um gordo caixa 2 e que de quebra, fará com que nosso governo seja lembrado 24 horas por dia, 365 dias por ano!!!!????? Tal como JK ?
Resposta da questão e do Concurso: PONTE JK .
Então tá bom...































A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR: Se hoje o aniversário é de Brasília e o novíssimo ícone da cidade é a Ponte JK, mas esta é nada mais nada menos do que uma cópia deslavada de uma ponte de Nagóia, uma cidade do Japão, pra quem eu devo dar os parabéns? Quem é quem? Descubra se for capaz...

Qualquer dúvida é só acessar: http://www.geocities.com/capecanaveral/4274/pontedf.htm





quarta-feira, abril 19, 2006

Hoje é Dia do Índio (?)


Por que o dia 19 de abril é o Dia do Índio?

Em 1940, o 1º Congresso Indigenista Interamericano, reunido em Patzcuaro, México, aprovou uma recomendação proposta por delegados indígenas do Panamá, Chile, Estados Unidos e México.

Essa recomendação, de nº 59, propunha:

1. o estabelecimento do Dia do Índio pelos governos dos países americanos, que seria dedicado ao estudo do problema do índio atual pelas diversas instituições de ensino;

2. que seria adotado o dia 19 de abril para comemorar o dia do Índio, data em que os delegados indígenas se reuniram pela 1ª vez em assembléia no Congresso Indigenista. Todos os países da América foram convidados a participar dessa celebração.

Pelo Decreto-lei nº 5.540, de 02 de junho de 1943, o Brasil adotou essa recomendação do Congresso Indigenista Interamericano. Assinado pelo Presidente Getúlio Vargas e pelos Ministros Apolônio Sales e Oswaldo Aranha, É o seguinte o texto do Decreto:

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o art. 180 da Constituição, e tendo em vista que o Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, reunido no México, em 1940, propôs aos países da América a adoção da data de 19 de abril para o "Dia do Índio", decreta:

Art. 1º - considerado - "Dia do Índio" - a data de 19 de abril.

Art. 2º- Revogam-se as disposições em contrário.

A recomendação de institucionalização do "Dia do Índio" tinha por objetivo geral, entre outros, outorgar aos governos americanos normas necessárias à orientação de suas políticas indigenistas. Já, em 1944, o Brasil celebrou a data, com solenidades, atividades educacionais e divulgação da cultura indígena. Desde então existe a comemoração do "Dia do Índio", às vezes estendida por uma semana, a "Semana do Índio".

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É curioso como não é possível avistar, pelo menos na mídia impressa, nem sequer uma notinha a respeito do dia de hoje. Se o intuito de se instaurar paternalistamente, o Dia do Índio foi o de fomentar mudanças positivas para esses povos, podemos concluir que não deu muito certo. Não sabemos quem são, de onde vêm e nem ao menos o que significam para a construção de nosso país. Lamentável.
Coloquei dois links interessantes para alguns esclarecimentos. Além do colocado no título (de onde extraí a matéria acima), há mais este que colocarei abaixo. A quem interessar possa...

http://www.tg3.com.br/indios/


quinta-feira, abril 13, 2006

Hoje é o Dia do Beijo

"O Beijo" - Rodin

Não se sabe quem instituiu o Dia do Beijo e nem ao certo quando o beijo surgiu. Há quem diga que foi no ano 500 antes de Cristo, na Índia. Já Charles Darwin acreditava que o beijo era uma evolução das mordidas que os macacos davam no parceiro nos ritos pré-sexuais.Há também quem diga que o beijo surgiu das lambidas que os homens das cavernas davam em seus companheiros em busca de sal. Ou ainda uma variante de um gesto de carinho das mulheres das cavernas que mastigavam o alimento e o colocavam na boca de seus filhos pequenos.

Fonte: http://www.terra.com.br/jovem/sexo/2003/04/11/000.htm




terça-feira, abril 04, 2006

Sem - receita

Ah, criação...

Vinte e tantos anos de conserva humana

pote de grande imaginação e fruição insana....

Como me temperas?

Quantas pitadas de sal e gosto valho?

Quanto amor a ti pertenço e saio?

Voraz, a fome e a dor consome

o sentir e o alimento. Some...

Adeus, vou-me. E a ti estou, sou.

Errou! A poção de ml é...

Já me vou...