domingo, março 29, 2009

Jornada internacional de ação contra o capitalismo e a guerra

Contra o capitalismo eu acho que é um pouco tarde, mas contra o resto... vale a pena dar uma "engajada" . FSM

Entre os dias 28 de março e 4 de abril, mulheres e homens do mundo inteiro estarão nas ruas para protestar contra o capitalismo e a guerra e dizer que não vão pagar pela crise. Convocada pela Assembléia dos Movimentos Sociais, que se reuniu durante o último FSM em Belém. Três momentos marcam esta semana:

*28 de março: mobilizações em torno à reunião do Grupo dos 20 (ou G-20), composto por representantes dos bancos centrais e governos de 20 países que representam dois terços do comércio e da população mundial e mais de 90% do produto mundial bruto, além do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional (FMI). O G-20 se reunirá em Londres (Reino Unido), no início de abril.

*30 de março: dia de mobilização contra a guerra e a crise e de solidariedade ao povo palestino. Esta data marca o Dia da Terra Palestina e relembra um dos massacres perpetrados por Israel contra os palestinos (na Galilea, em 1976). Foi escolhida para impulsionar uma campanha de boicotes, não-investimentos e sanções (BDS) contra Israel.

*4 de abril: dia que marca o aniversário de 60 anos da Otan – Organização do Tratado do Atlântico Norte, aliança de cooperação militar composta por paises da Europa e pelos Estados Unidos. A Otan se reunirá nos dias 3 e 4 de abril em Baden-Baden e Kehl, na Alemanha, e Estrasburgo, na França.
Na Europa, os movimentos se concentrarão principalmente nas ações em Londres e Estrasburgo. Já há diversas ações de rua, como passeatas, panfletagens e bicicletadas, marcadas nos seguintes países: Alemanha, Austrália, Bélgica, Brasil, Canadá, Catalunha, Espanha, Estados Unidos, França, Grécia, Holanda (Países Baixos), Índia, Itália, Noruega, País Basco, Paquistão, Québec, Quênia e Reino Unido (na Escócia e Inglaterra).

Ao longo dessa semana e principalmente nessas datas, os movimentos dirão que, para enfrentar as crises que hoje vivemos (alimentar, financeira, econômica, climática, energética, migratória), é necessário ir à raiz dos problemas e construir uma alternativa ao sistema capitalista e à dominação patriarcal.

Frente às falsas soluções apresentadas por empresas, bancos e governos para sair da crise como demissões, privatização de serviços públicos, recursos naturais e energéticos, que apenas socializam as perdas, os movimentos se posicionarão exigindo medidas urgentes como:

* A nacionalização dos bancos sem indenizações e sob controle social
* Redução da jornada de trabalho sem redução do salário
* Medidas para garantir a soberania alimentar e energética
* Colocar um fim às guerras, a retirada as tropas de ocupação e o desmantelamento de bases militares estrangeiras
* Reconhecer a soberania e a autonomia dos povos, garantindo o direito à autodeterminação
* Garantir o direito à terra, território, trabalho, educação e saúde para todas e todos
* Democratização dos meios de comunicação e de conhecimento

Para ler a íntegra da Declaração da Assembléia dos Movimentos Sociais, realizada no FSM 2009 em Belém, clique no link:
http://www.fsm2009amazonia.org.br/programacao/6o-dia/resultados-das-assembleias/eclaracion-de-la-asamblea-de-los-movimientos-sociales-fsm-2009-2013-belem/ ou http://snurl.com/esjuj

Para saber mais sobre a campanha BDS (Boicotes, Não-investimento e Sanções), visite o site: http://www.bdsmovement.net/

Veja a seguir algumas das ações já programadas:

ALEMANHA

3 de abril: manifestações e bloqueios estão previstas na cidade de Baden-Baden, uma das portas de entrada dos chefes de estados e militares que participarão das cerimônias de aniversário da Otan, em Estrasburgo. Mais informações: http://gipfelsoli.org/Home/Strasbourg_Baden-Baden_2009/NATO_2009_Links ou http://is.gd/pwgK


AUSTRALIA

30 de março: em Melbourne, a Coalizão de grupos de apoio à Palestina lança a campanha “The Sack Connex, Boycott Israel”.


BÉLGICA

28 de março: em Bruxelas, ação em torno à crise financeira e à questão Palestina sob o lema “Palestina ocupada, Dexia implicada”. Também na cidade, entre 13h30 e 16h30, ação simbólica no centro, com teatro de rua : «Quem pagará pela crise?» Também dentro das mobilizações sobre a crise e a guerra, o maior sindicato belga (FGTB) lançou uma campanha com o tema “O capitalismo prejudica seriamente a saúde”. Mais informações: http://www.contre-attaque.be/, somente em francês.


BRASIL

30 de março: em São Paulo, manifestação nacional convocado por um conjunto de movimentos sociais em aliança com todas as centrais sindicais do país afirmará: “trabalhadores e trabalhadoras não pagarão pela crise!”. Ela começará na av. Paulista e seguirá para o centro da cidade. O ato será acompanhado de ações e demonstrações em cidades de todo o país. Veja panfleto no link: http://www.cut.org.br/component/option,com_banners/task,click/bid,18/ ou http://twurl.nl/w2a8qd
Demonstrações contra a ratificação do tratado Mercosur-Israel e de apoio à campanha de boicote, não-investimentos e sanções (BDS) contra Israel também acontecerão no centro da cidade e são organizadas pela Frente de Solidariedade ao Povo Palestino.


CANADÁ E QUÉBEC
28 de março: em Montreal, demonstração pacífica em frente ao Complexe Guy-Favreau às 13h30 para dizer não ao G-20, considerado um fórum ilegítimo para resolver a crise que ele mesmo a criou.

30 de março: em Toronto, conferência com o tema “Resistência à guerra de Gaza a Kandahar”.

30 de março: em Québec, plantio simbólico de uma oliveira em frente ao consulado de Israel; exposição de fotos e testemunho sobre situação de Gaza.


CATALUNHA, ESTADO ESPANHOL, PAÍS BASCO

28 de março: manifestaciones contra la crisis y el G-20 e em solidariedade aos palestinos acontecerán em Albacete, Almería, Barcelona, Bilbao, Cádiz, Córdoba, Alicante, Elche, Madrid, Murcia, Pontevedra, Tarragona e Valencia. Ver agenda em: http://www.nodo50.org/?page=convocatorias&id_article=189 ou http://is.gd/pwfE


ESTADOS UNIDOS

Projeções de filme, discussões sobre ações de BDS, debate com delegações recém retornadas de Gaza e sobre as conexões entre os muros na Palestina e no México acontecem nos dias 29 de março, em Santa Cruz, e no dia 30, em San Diego e Los Angeles, na Califórnia. Em Nova York, o Comitê de Boicote a Israel lançará uma ampla campanha de boicote à empresa Motorola no dia 30.


FRANÇA

28 de março: em Paris, manifestação convocada por uma ampla coalizão de associações, movimentos, sindicatos e organizações políticas saíra da Place de l’Opera, às 14h. Atividades também estão programadas em outras 30 cidades. Ver lista completa em: http://www.stop-g20.org/ Nessa mesma data, diversas atividades em solidariedade à palestina, como marchas, projeção de filmes e conferência, acontecerão em Paris e Lille, Le Mans, St Brieuc e St Denis, organizadas pela Association France Palestine Solidarité (AFPS).

No dia 4 de abril, sob o lema « Não à guerra ! Não à Otan! », milhares de pessoas de toda a Europa se reunião em Estrasburgo onde acontecerão ações de diversos tipos, como oficinas, panfletagens de informação à população, bloqueios de ruas, reuniões e atos de desobediência civil para pedir o fim da militarização e da Otan. Uma grande manifestação está marcada para as 13 horas. Também haverá um acampamento alternativo. Mais informações (somente em francês): http://sommet-otan-2009.blogspot.com


GRÉCIA

2 de abril: em Creta, protestos em apoio ao boicote contra Israel nos esportes durante a partida de futebol entre Grécia e Israel.


HOLANDA (PAÍSES BAIXOS)

28 a 31 de março: ciclistas reivindicarão a suspensão do acordo de associação econômica entre a União Européia e Israel com uma bicicletada que sairá da Corte Internacional de Justiça, em Haia (Holanda), no dia 28, com chegada programada para o dia 31 no Parlamento Europeu, em Bruxelas, onde entregarão sua petição aos deputados europeus. Organização: The Peace Cycle.


INDIA

30 de março: em Delhi, exposições, poesia e filme celebrarão o Dia da Terra Palestina.


ITÁLIA

28 de março: grande manifestação com sindicatos de base acontece às 14h30, em Roma, sob o lema “Loro la crisi, noi la soluzione” (A crise é deles, nós temos as soluções), organizada pelo Cobas. Manifestações pacíficas em solidariedade à Palestina também acontecerão em vários shopping centers em Milão, Turim, Pisa, Bolonha, Roma e Nápoles, organizadas pelo Forum Palestina.
4 de abril: passeata convocada pela CGIL e outras organizações e redes percorrerá as ruas de Roma em direção ao Circo Massimo.


NORUEGA

30 de março: em Kristiansand e Oslo acontecerão debates e oficinas em torno à campanha de boicote, não-investimento e sanções (BDS) como forma de pressionar Israel. Em algumas vizinhanças de Oslo, ações porta a porta orientarão habitantes sobre a campanha, que produtos boicotar e como se envolver. As manifestações terminarão com um protesto em frente à embaixada israelense em Oslo, organizada pelo Comitê Palestino.


PAQUISTÃO

Em Karachi, acontece no dia 28 de março uma conferência sobre a situação palestina. No dia 2 de abril, manifestações contra o G-20 tomam as ruas da cidade.


QUÊNIA

28 de março: a Marcha Mundial das Mulheres participará de ações no dia de apoio às mulheres artistas, afirmando que as mulheres não pagarão pela crise. Acompanhadas de uma batucada feminista, elas desenvolverão suas ações em torno ao trabalho das mulheres, bens comuns, segurança alimentar, violência doméstica e paz.


REINO UNIDO

28 de março a 4 de abril: Londres receberá participantes de toda Europa para as manifestações que acontecem nos dias 28 de março, contra o sistema capitalista e a crise econômica, e no dia 2 de abril, contra a guerra e a Otan. Ações relâmpagos, reuniões e debates aconteceram ao longo de toda a semana, bem como um acampamento no centro de Londres. Mais informações: www.putpeoplefirst.org.uk
Em Glasgow e Edinburgo, na Escócia, boicotes a supermercados acontecem nos dias 29 e 30 de março em solidariedade à Palestina, assim como chamadas telefônicas em massa às grandes cadeias de supermercados para reclamar de produtos israelenses vendidos em todo o país.






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FMI

Tenho uma conta de e-mail no YAHOO e ao acessar a sua página dei uma olhada nas notícias que eles desponibilizam em suas páginas de abertura. Confesso que sou cética em relação a essa empresa e suas reverberações (Reuters etc.), mas uma notícia me chamou a atenção. Em destaque, como título, uma análise do Presidente Lula a respeito da época em éramos reféns do FMI. Vou recortar a notícia aqui, mas adianto: não tento dessa maneira convencer ninguém de coisa alguma, apenas transponho uma das atitudes que mais me orgulharam do governo LULA, que consistiu no pagamento de nossas dívidas com agiotas internacionais euma respiração mais aliviada...

Lula: Brasil viveu "inferno" e "humilhação" com o FMI

Sáb, 28 Mar, 06h45

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de "inferno" e "humilhação" o período em que o Brasil recebia visitas regulares de executivos do Fundo Monetário Internacional (FMI) com o objetivo de avaliar a evolução da economia brasileira e o cumprimento de acordos firmados pelo País com a instituição. O desabafo foi feito neste sábado, durante seu discurso no encerramento da Cúpula dos Países de Governança Progressista, realizada no Chile. "Diziam que tínhamos de fazer ajuste fiscal, contenção de gastos... era um inferno", afirmou. "A gente via descendo do avião, no aeroporto, mulheres e homens do FMI dando palpites sobre o que tínhamos de fazer. Aquilo era uma humilhação", declarou, arrancando aplausos enfáticos dos presentes à solenidade.

Lula referia-se ao longo período que ficou conhecido como a crise da dívida externa, que atingiu a América Latina no começo dos anos 80 e que teve seus momentos mais tensos com as moratórias do México (1982) e do próprio Brasil (1987). Antes da atual crise financeira global, disse o presidente, "o FMI vivia dando palpites sobre as economias do Brasil e de outros países da América do Sul".

Lula, no entanto, também acusou governos anteriores de se submeterem ao FMI porque "não se respeitavam". "Talvez a insuficiência não fosse do próprio FMI, mas fosse insuficiência de nossos governantes, que não se respeitavam. E se eles não se respeitavam... ninguém respeita quem não se respeita."

Neste momento, disse ainda o presidente, o que o Brasil quer na reunião do G-20 é colaborar e que "os países ricos se normalizem internamente e restabeleçam o crédito." "Nós não estamos pedindo nada, não estamos chorando. Estamos pedindo apenas para normalizar a economia mundial."

Agência Estado



De volta


Agora sim, voltei. Um tempo para mim, um tempo para minha cria, um tempo para minha nova vida... Agora acho que consigo adaptar melhor as coisas para que elas possam ser feitas. Assim espero (rs). Feliz retorno.